Depois de ter lançado O menino que vendia palavras, a editora me chamou: “vamos continuar? Pergunte à sua primeira professora (ainda viva até hoje, bem velhinha) como você era e escreva”. A professora disse: “você me perturbava, só perguntava, perguntava”. Mas acrescentou: “perguntar é bom, faz você entender a vida”. E ela me contou a primeira pergunta minha que a embaraçou: “quem é pai de Deus?” A partir daí, comecei a pedir a todos os parentes uma pergunta. Colecionei centenas e fiz um caderno dentro do livro. Coisas como: ”quem inventou a esquina? Por que pinguim não tem joelho? Por que o branco é branco e o preto é preto? Por que cortar cabelo não dói e cortar o dedo dói? Por que o carvão não gela e o gelo não queima? Enfim, todas as perplexidades minhas e também as suas.
- Formato: 20,5x20,5
- 112 páginas
- ISBN 985-3900-168-3
- Ano: 2011
- Editora Objetiva